quinta-feira, 23 de abril de 2009

FIBROMIALGIA




A Fibromialgia significa dores musculares crônicas não inflamatórias. As dores são difusas, espalhadas pelo corpo todo, como se fosse uma "dor turista".
É mais freqüente em mulheres entre os 30 e os 60 anos do que em homens, mas também pode ocorrer em crianças e em pessoas de mais idade.
A dor é o principal sintoma. Geralmente começa nos ombros e pescoço, espalhando-se pelo corpo todo depois de um tempo.
Outros sintomas freqüentes além da dor:
-Fadiga, cansaço.
-Distúrbios do sono (sono não reparador. A pessoa dorme mas acorda cansada)
-Cefaléia (dor de cabeça) tensional ou enxaqueca
-Forrmigamento nos braços e pernas.
-Sensibilidade ao frio.
-Tensão pré menstrual e irritabilidade
Piora no inverno.
Pessoas perfeccionistas são mais propensas a sofrerem de Fibromialgia.
Às vezes existem fatores desencadeantes, por exemplo: viroses, traumas físicos, problemas emocionais.
Os exames de laboratório são normais, o diagnóstico é feito pela história e pela presença dos pontos dolorosos ou "tender points".
A Fibromialgia pode estar associada ao Lupus Eritematoso Sistêmico, Osteoartrose, Artrite Reumatóide, hérnia de disco, Osteoporose e outras doenças.
A Fibromialgia parece estar relacionada a alterações nos mecanismos de modulação da dor, com diminuição da Serotonina (substância analgésica) e aumento substância P (uma substância que provoca dor). Por isso a Fibromialgia tem relação com a Depressão, Stress, Ansiedade e Distimia.
Tratamento
O tratamento da Fibromialgia com analgésicos a antiinflamatórios traz poucos resultados.
É importante tem melhorar os distúrbios do sono, o estado depressivo, os fatores de stress, ou seja, o mais importante é melhorar a qualidade de vida.
Quase todos os pacientes são tratados com Antidepressivos, mas nem todos os Antidepressivos são eficazes em Fibromialgia.
Se houverem fatores de vida que desencadeiam a doença e a pessoa não conseguir mudar esse fatores sozinha, é importante uma psicoterapia.
Massagem de relaxamento (nunca de compressão dos pontos dolorosos), banhos de banheira morna e condicionamento físico são importantes.

domingo, 19 de abril de 2009

SOBRECARGA ÓSSEA NO ESPORTE

O TÊNIS COMO EXEMPLO

Uma das lesões mais recorrentes nos tenistas, a sobrecarga óssea, causada por grandes esforços repetitivos em determinada parte do corpo devido aos longos períodos de treinamento e quantidade de horas em quadra que o tênis proporciona. Não perca e se previna de mais essa contusão!
Diferentemente de outros esportes, o jogo de tênis tem horário para começar, mas nunca se sabe quando vai terminar. Pode durar minutos a horas. Durante todo este período são realizados movimentos repetitivos em alta intensidade. Somando-se as exaustivas horas de treinamento, não resta dúvida da grande possibilidade de ocorrência de lesões por esforços repetitivos e sobrecarga mecânica. O termo lesões por sobrecarga pode ter sinônimos na literatura científica tais como lesões por estresse e overuse(trauma gerado pelo movimento repetitivo).
As estatísticas comprovam cientificamente que este é o principal mecanismo de lesão na prática do tênis.
As lesões ósseas por sobrecarga têm como principais locais acometidos as pernas (tíbias, popularmente chamada de canelite), ossos do antebraço e punho e coluna vertebral. A dor é o sintoma típico. Ela pode ser sentida mesmo fora das quadras e muitas vezes confunde-se com dores musculares. O diagnóstico é clínico (pelo exame físico) e com exames complementares (cintilografia óssea e ressonância magnética).

O PROCESSO INFLAMATÓRIO (ITES)



A inflamação é um fenômeno biológico que consiste em uma reação fisiológica frente a uma agressão. A inflamação é também um fenômeno imunológico, sendo que as células envolvidas neste processo poderão ser diferentes, dependendo do local da lesão. A inflamação normalmente cessa uma vez retirado o estímulo nocivo que deu início ao processo, sendo que, a reparação do tecido agredido ocorrerá em maior ou menor magnitude, dependendo do dano causado pelo fator agressor.
O sufixo utilizado para designar um processo inflamatório é o sufixo "ITE". Desta feita, os processos inflamatórios são descritos de acordo com a estrutura agredida:
- caso dos tendões, são descritos como tendinites;
- caso da cápsula articular, como capsulite;
- caso das bolsas sinoviais, como sinovites;
- caso da articulação, como artrite;
- caso da membrana óssea que recobre os ossos (periósteo), como periostite, sendo que a localização anatômica da estrutura envolvida complementa a denominação.
Assim sendo temos como exemplo:
- Tendinite de cotovelo
- Bursite de ombro
- Tendinite do supra espinhoso
- Capsulite de ombro
- Tendinite de Aquiles
- Periostite de Tíbia etc.
Via de regra, os fenômenos inflamatórios cursam com DOR, "definida como uma experiência sensorial e emocional desagradável, que é decorrente de uma lesão tecidual", sendo esta, de uma maneira geral, o maior motivo das consultas médicas.
Para que ocorra um processo inflamatório entre as estruturas envolvidas no movimento, é necessária a existência de um estímulo nocivo de ordem traumática (macro trauma), ou micro traumas de repetição, ou processo infeccioso, ou alterações metabólicas, ou ainda uma doença sistêmica.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

CERVICALGIA



Podemos definir a Cervicalgia como um quadro doloroso, normalmente resultado de uma contractura muscular no pescoço, geralmente assimétrica. Os musculos do pescoço estão sujeitos a uma tensão constante para manter a posição correta da nossa cabeça, o que poderá vir a provocar dor muscular, devido a um aumento gradual de tensão nos musculos e provocar também algum tipo de ruptura muscular, através de movimentos rápidos e bruscos.
Os sintomas mais comuns neste caso são:
-atitude de defesa e rigidez dos movimentos,
-alteração da mobilidade do pescoço e a dor durante a palpação muscular do pescoço podendo também abranger a região do ombro e nos casos mais graves ou prolongados irradiando para todo o membro superior.
Em relação à dor, o paciente pode queixar-se desde uma dor leve local e uma sensação de cansaço, até uma dor mais forte e limitante. O braço, além de doer, pode apresentar alterações de sensibilidade e força muscular, são as chamadas “alterações neurológicas”.
O paciente refere adormecimento de alguma área ou de todo o membro, podendo ser contínua ou desencadeada por algum fator. A fraqueza muscular acontece em casos mais graves ou prolongados sendo geralmente progressiva. Podem existir também alterações nos reflexos encontrados em algumas inserções musculares no punho, cotovelo e ombro nos casos mais graves.
Outros sintomas que podem ser vistos, porém são menos comuns são:
dificuldade na escrita ou na marcha,
alterações na fala,
dor de cabeça,
zumbidos,
náuseas,
visão turva,
febre,
sudorese noturna,
cansaço,
perda de peso.
Em casos mais graves a dor cervical pode fazer parte de graves infecções ou tumores. A cervicalgia é um dos sintomas da meningite, infecção rara e grave do sistema nervoso.
REABILITAÇÃO
Objetivos:
-Diminuir a dor e inflamaçãoIdentificar as possiveis causas da Cervicalgia
-Restaurar a mobilidade e flexibilidade
-Fortalecimento muscular
-Diminuir Dor e Inflamação
-Se não suspeitar de ruptura muscular durante as primeiras 48 horas, então aplique quente na forma de banho ou saco de agua.
-Aplique quente durante 15 a 20 minutos, cada hora.
-Anti-Inflamatórios (Não esteroides), poderão ser benéficos na fase inicial da lesão.
(Atenção: Consultar sempre um médico antes de tomar qualquer medicamento).
-Descanso é importante. Evitar fazer movimentos que provoquem dor.
-Manter sempre uma postura correcta, principalmente se trabalhar sentado.
-Ligadura funcional poderá ajudar a descomprimir a tensão muscular na zona.
-Técnicas de massagem é muito importante, ajudarão a relaxar e a diminuir a dor na zona.

Restaurar Mobilidade e Flexibilidade
-Os musculos do pescoço poderão voltar á sua condição inicial, ou até melhorar, através de exercicios de mobilidade, alongamento e massagem.
-Os exercicios de mobilidade deverão começar a ser executados assim que a dor o permitir, se sentir dor ao executar, não o faça.
-Deverá efetuar exercicios de mobilidade 3 vezes ao dia durante as 2 primeiras semanas da lesão, para uma melhor recuperação.
-Os exercicios de alongamento deverão igualmente ser feitos assim que a dor o permitir e devem ser executados após os exercicios de mobilidade.A massagem é um excelente metodo para ajudar no relaxamento dos musculos tensos, e poderá ser feita após a fase aguda da lesão (48h a 72h).
Fortalecimento Muscular
Assim que se tenha recuperado a mobilidade do pescoço, deverão ser executados exercicos de reforço muscular, para um melhor suporte do pescoço e evitar futuras lesões.

PUBALGIA



A pubalgia, também conhecida por "doença dos futebolistas" ou "doença dos adutores", não é nova nem recente. O termo pubalgia pode ser equivoco e ambiguo, uma vez que a dor que ela desgina pode corresponder a outras lesões ao nível da púbis e ter outras causas.
Porque é tão referida a pubalgia?
A maior insistência com que é refererida e desde qhá algum tempo tempo, tem a ver com o facto de há vários anos os atletas serem cada vez mais afectados po este tipo de patologia.

O que é realmente a pubalgia?
A pubalgia é tão-só, a dor sentida pelo atleta ao nível da púbis (parte inferior dos osso da bacia - ossos ilíacos, por sua vez, se unem entre si para formar a sínfise púbica. A sínfise púbica como articulação está sujeita a forças com diferentes direções.
Desloca-se e afeta, de cima para baixo, os musculos adutores e, de baixo para cima, os musculos abdominais.Este constante movimento, resultante do exercício repetido, vai permitir um "conflito" músculo-tendinoso, originando a dor que irradia para a região inguinal, ou para a coxa, simulando outras patologias, para as quais importa fazer o respectivo diagnóstico diferencial.



"Trilogia Infeliz"

Alguns atletas revelam maior tendencia para aumentar este "conflito".Principalmente quando são portadores da chamada "trilogia infeliz", que se caracteriza por: -Adutores fortes
-Abdominais fracos
-Hiperlordose lombar

Por outro lado, membros inferiores volumosos, com um tronco relativamente pouco desenvolvido, para além da retracção dos músculos isquiotibiais, como força adicional de desequilíbrio sobre a bacia, contribuem de forma decisiva para o aparecimento da pubalgia.

Que situações se conhecem como agravantes do pubalgia?
-Treino sem preparação física ajustável ao esforço
-Recuperação insuficiente perante as primeiras manifestações da lesão
-Terrenos secos e duros
-Alternância com solos escorregadios e lamacentos
-Calçado impróprio, permitindo falsos apoios e sustentação

Que outra forma restrita de pubalgia se conhece?
Quando um jogador de futebol bate uma bola, faz um salto, ou roda bruscamente sobre a bacia e sente dor ao nível da púbis, que o impede de continuar ou que se mantém, mesmo em repouso, isto é, já em sentido restrito, a pubalgia.Os praticantes de tênis ou de handebol podem igualmente sofrer de pubalgia, mas como resultado dos movimentos sucessivos de torção e de extensão sobre a bacia, consequentes às elevações e aos estiramentos repetidos inerentes a estas modalidades.

Pubalgia- Uma fatalidade?
O sistema muscular tem de ser capaz de suportar o desgaste violento e multiforme a que é submetido e eliminar todas as condições que lhes são adversas, visto que a pubalgia não é, em si mesma, uma fatalidade.

Quando intervir cirurgicamente?
A cirurgia poderá resolver os casos mais críticos e as situações crônicas de longa evolução.

O trabalho das "cadeias musculares posteriores"
Apenas com condições físicas apropriadas e trabalho preventivo sobre as denominadas "cadeias musculares posteriores", para diminuir uma retração muscular, principalmente dos isquiotibiais, tão particularmente afetados em certas modalidades, se conseguirá evitar a grande inquietação desportiva dos últimos anos.Os musculos isquiotibiais são particularmente afetados em determinadas modalidades, nomeadamente o futebol.

A inquietação do regresso à competição
O regresso rápido à competição desejado e criado pela própria dinâmica do profissionalismo, sem que as causas se alterem, permitirá que a pubalgia volte com todo o cortejo de infortúnio, para tormenta de todos e sem excessão.

ENTORSES DE TORNOZELO

Uma entorse do tornozelo é uma rotura dos ligamentos (o tecido elástico resistente que liga os ossos entre si) no tornozelo.
Qualquer dos ligamentos do tornozelo se pode lesar. As entorses costumam ocorrer quando o tornozelo roda para fora, fazendo com que a planta do pé fique virada para o outro pé (se inverta). Os ligamentos frouxos no tornozelo, os músculos fracos, as lesões dos nervos da perna, certos tipos de calçado (como os sapatos de salto alto e estreito) e certas maneiras de caminhar, tendem a provocar a rotação do pé para fora, aumentando o risco de uma entorse.

Sintomas
A gravidade da entorse depende do grau de estiramento ou de rotura dos ligamentos. Numa entorse ligeira (grau 1), os ligamentos podem estirar-se, mas de facto não se dilaceram. O tornozelo não costuma doer ou inchar em demasia; contudo, uma torção ligeira aumenta o risco de uma lesão recorrente. Numa entorse moderada (grau 2), os ligamentos rompem-se parcialmente. A inflamação e os hematomas são frequentes. Em geral, é dolorosa e torna-se difícil andar. Na entorse grave (grau 3), os ligamentos dilaceram-se completamente, causando inchaço e por vezes hemorragia sob a pele. Por conseguinte, o tornozelo torna-se instável e incapaz de suportar o peso.

NA FOTO EXEMPLO DE ENTORSE-GRAU 3

PRINCIPAIS LESÕES EM NÍVEL MUSCULAR




RUPTURA MUSCULAR

É uma lesão de qualquer massa muscular, como consequência, em geral, de falta de sinergismo entre a atividade dos músculos agonistas e antagonistas, de uma contração violenta do músculo sobrepondo-se à sua capacidade contrátil, ou, menos frequente, devida a uma contusão seguida de uma contração violenta de defesa.
A ruptura pode ser mais ou menos grave conforme a extensão de feixes afetados.
Considera-se que os fatores a seguir mencionados predispõem para este tipo de lesões:
-Biótipo do desportista (os brevílineos musculares e tónicos são os mais afetados).
-Inatividade prolongada.
-Execução de exercícios intensos sem prévio e adequado aquecimento.
-Fadiga muscular.
-Sinais: No momento em que se produz a ruptura, o lesionado sente uma dor intensa que abranda com o repouso e volta a aparecer quando se contrai novamente o músculo lesionado. Pouco tempo depois aparece um inchaço devido ao hematoma produzido, acompanhado de derrame sanguíneo (equimose). Tudo isso acarreta uma impotência, em maior ou menor grau, do músculo afetado.
- Comportamento a seguir (Prevenção): Ter em atenção aos atletas com dores musculares localizadas. Começar, sempre, qualquer sessão ou competição com um aquecimento (geral e específico) adequado. Ter em atenção o aparecimento da fadiga muscular (diminuir a intensidade ou terminar os exercícios).
- O que não se deve fazer: Aplicar calor ou massajear, sem que tenham passado 24-48 horas, pelo perigo de aumentar o derrame sanguíneo. Proibir a anestesia local e temporária com a finalidade do atleta continuar o exercício físico, pois poderá aumentar a ruptura.
- O que se deve fazer: Repousar o músculo afretado. Aplicar compressas. Aplicar frio (bolsa de gelo) sobre o penso compressivo. Tomar anti-inflamatórios.

ESPASMO MUSCULAR
O espasmo muscular é uma resposta motora involuntária que pode estimular os receptores de dor constantemente e causar isquemia local; portanto, o espasmo tem sido associado a uma possível causa da dor muscular tardia; O ESPASMO MUSCULAR nada mais é que a contração exagerada e permanente de um músculo. O músculo contraído fica mais encurtado, mais "TRAVADO".
OUTRAS LESÕES NO ESPORTE
Contratura muscular, distensão muscular, cãibra:
muitas vezes nos confundimos com alguns termos utilizados no meio esportivo, relacionados a lesões. Vamos apresentar alguns conceitos básicos e dicas para reconhecê-las e socorrer vítimas.
CÃIBRA
É uma contração muscular involuntária e dolorosa, que ocorre mais freqüentemente nos membros. O ataque dura, em geral, alguns segundos e desaparece subitamente. Observa-se o endurecimento no grupo muscular afetado.
O que fazer?
Alongue vigorosamente o músculo que está com contratura. Nas cãibras fortes que deixam os músculos doloridos por um ou mais dias , procure orientação de um médico. Se os episódios se repetem com freqüência, mesmo sem atividade física, a origem pode ser metabólica, vascular ou neurológica e merece tratamento especializado.
CONTRATURA MUSUCLAR
É uma dor localizada num músculo longo, sem sinais de ruptura. Surge num músculo que não foi alongado antes do exercício ou por esforço muito grande, mas não o suficiente para romper as fibras. Não impede as atividades rotineiras, mas dificulta algumas atividades esportivas. Muitas vezes, ao tocar a região, é possível identificar um certo endurecimento muscular bem delimitado.
O que fazer?
Aplicações locais de gelo por 30 minutos, diminuir a atividade física do músculo atingido, fazer alongamentos não intensos e consultar seu médico.
DISTENSÃO MUSCULAR
É uma ruptura parcial do músculo. É caracterizada pelo "sinal da pedrada" em grande esforço ou velocidade, o paciente tem a sensação nítida de que recebeu uma pedrada. A dor e a incapacidade de usar o músculo são imediatas. Pode haver sangramento (hematoma). Comum nos músculos da batata da perna (gêmeos), da coxa (quadríceps, bíceps femural e adutores da coxa), e do braço (bíceps e tríceps).
O que fazer?
Aplicar gelo por 30 minutos, elevar o membro lesado, suspender a atividade física e procurar seu médico.