quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A IMPORTÂNCIA DA HIPERTROFIA PARA O EMAGRECIMENTO

Os exercícios aeróbios promovem um grande gasto calórico durante a atividade, mas a prática voltada para a hipertrofia (aumento da massa muscular) também são fundamentais dentro de um programa voltado para o emagrecimento. Por vários motivos.
Os músculos são muito ativos e gastam muita energia para sua manutenção. Assim, pessoas que têm mais massa muscular consomem mais energia mesmo durante os momentos de repouso (que correspondem às outras 23 horas do dia, para quem faz exercícios físicos por uma hora).
As atividades aeróbias representam movimentos quase sempre iguais, repetidos por um período longo.A maior quantidade de massa muscular dá mais suporte às articulações e pode ajudar a prevenir lesões, especialmente por uso excessivo. Nesta linha de raciocínio, é importante fortalecer os músculos anteriores e posteriores da coxa para proteger os joelhos, seja na corrida, no step, no spinning ou no jogo de tênis, por exemplo.
Durante a musculação, a maior parte da energia consumida no exercício provém dos carboidratos e não das gorduras. Entretanto, após a atividade, o metabolismo permanece acelerado para a construção dos músculos e boa parte da energia necessária para esta função poderá vir da gordura.
A musculação é uma forma segura para iniciar a atividade física a partir de um período prolongado de sedentarismo, pois os movimentos são lentos, controlados e promovem uma maior conscientização corporal.
Alem disso, em termos estéticos a hipertrofia é fundamental, já que são os músculos que dão formato ao nosso corpo. Assim, o ideal seria combinar as atividades aeróbias com a musculação ou qualquer outra atividade que fortaleça a massa muscular.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

FÓRMULA GERAL PARA FCmáx ESTÁ SUPERADA



No mundo do fitness e do esporte de modo geral o que todo mundo quer logo saber é qual a intensidade do esforço que cada um deve seguir para atingir seus objetivos, sem correr riscos. Na ponta da língua a maioria dos profissionais se apressa em ditar a difundida fórmula 220 – Idade para identificar o esforço máximo permitido. Daí, se o indivíduo deseja emagrecer é só trabalhar numa faixa de 55 e 70% dessa máxima e se desejar ativar mais ainda o sistema cardiovascular pode chegar a 85%. O problema é que essa fórmula, apesar de ainda indicada pelo Colégio Americano de Medicina Esportiva, atende a maioria das pessoas de modo muitíssimo preventivo. Ou seja, se não tem outra, use-a porque não vai dar problema. Em termos!
Pesquisadores da Universidade do Colorado (EUA) concluíram em seus estudos que a fórmula 220 - idade ficou superada por dois bons motivos: Os mais jovens podem estar se exercitando além dos limites e colocando em risco o músculo cardíaco. Isso considerando o máximo de 200 batimentos para 20 anos de idade.
Sabe-se que atividades explosivas e intensas são mais perigosas para um coração jovem do que para uma pessoa de meia idade ou mesmo da terceira idade. O coração jovem possui a circulação secundária completamente ainda obstruída, justamente por ser o músculo cardíaco ainda novo e forte que impede uma passagem de emergência do sangue por essa circulação, no caso de um infarto. Não são raros os casos de atletas jovens vítimas de infarto fulminante, enquanto que num coração mais velho a circulação secundária acaba servindo de desvio, salvando a vítima.
Ao contrário, os mais velhos pela fórmula 220 - idade podem estar se exercitando aquém da real capacidade como, por exemplo, uma pessoa de 50 anos onde 170 batimentos pode ser pouco.
A NOVA FÓRMULA: 208 - IDADE X 0,7
Os fisiologistas do Colorado, encabeçados pelos médicos Douglas Seals e Hirofumi Tanaka, avaliaram mais de 18700 pessoas para sugerir uma nova fórmula publicada no Journal of the American College of Cardiology que seria multiplicar a idade por 0,7 e subtraí-la de 208.
Em princípio parece não significar nada, mas pela fórmula 220 - idade uma pessoa de 70 anos poderia chegar a 150 batimentos e no novo cálculo a 159 que seria mais lógico. Quanto mais velha a pessoa, mais coerência tem a nova fórmula. Uma pessoa com 80 anos teria seus valores alterados de 140 para 152 batimentos. E os mais novos? Também parece lógico, pois teriam seus valores reduzidos para 194 e não os 200 da fórmula antiga. Seis batimentos para um jovem podem significar a diferença entre a vida e a morte.
Quando um coração atinge uma freqüência cardíaca tão alta pode não haver tempo suficiente para recuperação do fluxo sanguíneo entre uma batida e outra. Isso pode gerar desde a temida fibrilação ventricular, que ficou conhecida por conta dos casos ocorridos com jogadores de futebol, até um infarto do miocárdio que não pode ficar sem irrigação sanguínea, mesmo por poucos segundos, principalmente se o indivíduo já tiver algum outro problema relacionado como diabetes ou hipertensão arterial.
Esses valores passam a ficar mais defasados ainda a partir do momento em que cada indivíduo fica melhor condicionado fisicamente. A freqüência cardíaca máxima passa a não ser mais atingida como antes, e a de repouso a ser menor que 60 por minuto. Quanto menor esta FC, mais condicionada está a pessoa. Atletas podem chegar de 40 a 50 por minuto em repouso. Da mesma forma, um dos padrões que definem que o indivíduo está condicionado é quando ao cessar o exercício, a FC volta rapidamente ao normal. Uma queda de 20 batimentos em um minuto é considerada satisfatória, enquanto atletas podem chegar a 40 ou mais.
ESCALA DE BORG FUNCIONA. De qualquer forma, o que deve sempre prevalecer é o bom senso. E ainda assim a FC pode não ser a avaliação mais confiável de intensidade de esforço. As diversas situações de estresse do dia-a-dia podem interferir e o indivíduo não fazer o seu exercício de modo adequado. Nesse caso vale a escala de esforço percebido, a Escala de Borg. Pergunte-se se o exercício está Fraco, Bom ou Forte. Pela resposta, respiração ofegante, dificuldade ou facilidade de responder, já se tem uma idéia da intensidade do esforço. Pode ser mais fiel até do que a superada equação 220 - Idade. Quem a usa pode estar fazendo por puro comodismo ou estar há algum tempo sem ler bons artigos porque essa notícia não é nova.
A Escala de Borg leva em consideração o grau de esforço subjetivo percebido pelo indivíduo, associando uma nota simplificada de 0 a 10, onde 5 representa 50% da FCmáx ou esforço máximo. Como o ideal teórico é trabalhar entre 70 e 80% da máxima, fica muito mais fácil até para o corredor comum ou aluno de academia atribuir uma nota para o cansaço entre 7 e 8. O corredor pode inclusive associar a nota com uma velocidade traduzida em minutos por quilômetro onde 10 seria aquela velocidade máxima da linha de chegada, e entre 7 e 8 a moderada para forte. Ou seja, a de competição.
Precisamos de coisas mais simples e práticas na Educação Física e na corrida, porém, com razoável eficiência. Algumas academias até mantêm expostas nas salas de aulas a Escala de Borg com caricaturas muito bem elaboradas representando diferentes graus de esforço.
Nas salas de musculação o indivíduo que "malha" pesado, de modo inconsciente, já faz essas "caras e bocas" da Escala de Borg caricaturada. É quando na 3ª série de 8 a 12 repetições não conseguem executar a 12ª. Muitos fazem "caretas", gritam, berram etc. Esses normalmente atingem o máximo ou quase máximo da escala porque até faz parte da cultura desse público pegar pesado, visando hipertrofia. Se prestarmos bem atenção, o corredor também faz essas "caras e bocas" na linha de chegada das competições, não importando a FC e muito menos a equação. Essa é a que vale como máxima.
Pelo exposto não é difícil comprovar a praticidade da Escala de Borg, independente da modalidade. Ao contrário, o controle da intensidade pela freqüência cardíaca necessita de uma equação lógica para cada modalidade, cada indivíduo e cada situação. Na água, por exemplo, os valores de FC e pressão arterial mudam conforme a posição de pé, horizontal, com a cabeça emersa e submersa.
Vejam bem! Não estou condenando o método de controle da intensidade pela FC e nem supervalorizando a Escala de Borg. O problema é que não existe fórmula realmente fidedigna, principalmente a 220 - Idade. É bom estar atento aos dois. Ora a FC é mais importante, ora a Escala de Borg que não pode ser descartada.
AVALIAÇÃO MÉDICA: FUNDAMENTAL! Portanto, ao praticar uma atividade física use o bom senso porque no fundo a gente sempre sabe quando a atividade é fraca, regular ou forte. O melhor seria fazer um teste ergométrico visando capacidade máxima, onde o avaliado é que interrompe o teste por não suportar mais. Aí sim, tem-se a real Freqüência Cardíaca Máxima individual e a partir desse valor desenvolvem-se as valências físicas desde a resistência aeróbia até a velocidade em treinamentos fracos, moderados e fortes.
Além disso, como já foi inclusive bem alertado em matéria aqui na revista, o corredor deve anualmente fazer avaliação médica. Uma parcela da população, sem saber, pode ser portadora de doenças do coração que o exercício acaba sendo um gatilho para desencadear um mal súbito, levando o indivíduo à morte. Não são tão raros os casos de morte súbita de corredores em maratona. Os números poderiam até ser desprezíveis se não estivéssemos falando de seres humanos. Tanto pode atingir atletas bem treinados como simples seres mortais que correm apenas com intenção de completar uma corrida.
Quem treina com treinador profissional é bom que se diga que a responsabilidade é do treinador exigir essas avaliações. A simples manifestação escrita ou verbal do corredor não isenta de responsabilidade o treinador, pois um ou ambos, e especialmente o profissional, quando no exercício de sua atividade estará "sob o signo da culpa" na prática de atos por imprudência, negligência ou imperícia! O corredor pode, em caso de algum problema (e sobreviver), tentar aliviar a responsabilidade do treinador, alegando que não sabia e não sabia mesmo. Só que o treinador não pode usar como álibi "não sabia". Ele tem a obrigação de saber por ser profissional de saúde!
De qualquer forma o caminho dever ser uma boa conversa de convencimento e bom senso com o corredor. O profissional deve ser capaz de tentar isso e não criar um clima ruim e hostil entre aluno e professor. Lembre-se. Simplesmente aceitar o corredor aluno sem essas providências é assumir o risco. A cada dia surgem equipamentos novos de segurança. Os próprios monitores cardíacos evoluíram bastante, atingindo um nível de aceitação, praticidade e fidelidade muito significativo e de fácil acesso à maioria dos corredores. Portanto, use o monitor cardíaco e corra sempre dentro da freqüência cardíaca mais adequada ao seu perfil usando uma fórmula, se possível discutida com o seu treinador.
Fonte: Revista Contra-relógio
Por:Luis Carlos de Moraes

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

PROTEJA AS ARTICULAÇÕES

Uma saudável partida de futebol exige do jogador alguns dias de treinamento com exercícios complementares. Afinal, são eles que irão fortalecer os músculos da perna e alongar a região. E, na hora de blindar as articulações, o foco deve ser no tornozelo e no joelho, principais regiões atingidas pela chuteira alheia.
O joelho, por exemplo, é formado por ligamentos, tendões e cartilagens que fazem uma estrutura capaz de movimentos de extensão, flexão, rotação interna e rotação externa. Já o tornozelo tem como função sustentar e impulsionar a pessoa. E é uma das regiões da perna que mais sofre com o impacto. Como não existem exercícios específicos para as articulações, a melhor maneira de fortalecê-las é trabalhar os músculos que as cercam e que estão envolvidos na movimentação: panturrilha, quadríceps, glúteo e a região da cintura pélvica. Dessa maneira, os ligamentos e tendões também ficarão mais fortes. “Os músculos que envolvem a região do joelho absorvem apenas 17% do impacto total; 83% é recebido pela articulação, o que envolve os ligamentos e tendões.

Mitos e Verdades
Usar salto alto fortalece os músculos? Não. Calçar salto alto diariamente encurta os músculos da panturrilha, tornando-os mais fracos e aumentando as chances de uma lesão.
Caminhar na areia ou descalço fortalece o tornozelo? Sim. Essa é uma das técnicas utilizadas para reabilitação esportiva. Ande em ritmo leve, não corra descalço, e de preferência em terrenos planos. Praias muito inclinadas podem prejudicar as articulações.
Quando torcer uso gelo ou água quente? Gelo, sempre. Impede que seu tornozelo inche demais, já que o frio diminui a espessura dos vasos sangüíneos e funciona como um antiinflamatório. A água quente faz o papel oposto, já que ativa a circulação, aumentando o edema e o inchaço. -
Adianta alongar logo após a torção? Não. O procedimento correto é levar gelo ao local imediatamente. Se alongar, a lesão será agravada.

IMPORTÂNCIA DA APLICAÇÃO DE CALOR E FRIO NOS TRATAMENTOS ORTOPÉDICOS


As terapias usando o calor (termoterapia) e usando o frio (crioterapia) não levam à cura de nenhuma enfermidade, porém são instrumentos importantes que auxiliam no tratamento de várias patologias ortopédicas e neurológicas. São recursos sintomáticos, que quando aplicados adequadamente, reduzem o espasmo muscular e a sintomatologia dolorosa, preparando a região afetada para a aplicação das técnicas terapeuticas.
Efeitos Terapêuticos do Calor:
1. Alivia a dor
2. Aumenta a flexibilidade dos tecidos músculo-tendíneos.
3. Diminui a rigidez das articulações.
4. Melhora o espasmo muscular.
5. Melhora a circulação.
A aplicação do calor, promove alteração das propriedades físicas dos tecidos que compõem os tendões, cápsulas articulares e cicatrizes, melhorando suas respostas ao alongamento.
Contra-indicação:
Não aquecer regiões do corpo que estiverem anestesiadas, edemaciadas, inflamadas, feridas com sangramento, em áreas onde haja tumores, sobre os testículos, sobre o abdome de gestantes ou em áreas do corpo de pessoas inconscientes.
Técnica de Tratamento:
O tratamento domiciliar pelo calor deve ocorrer na freqüência de 3 vezes ao dia, durante 20 a 30 minutos, usando bolsas quentes nos locais a serem tratados.
Efeitos Terapêuticos do Frio:
1. Diminui o espasmo muscular.
2. Alivia a dor.
3. Nos traumatismos (entorses, contusões, distensões musculares, etc.), previne o edema e diminui as reações inflamatórias.
Para se ter um efeito mais efetivo, o resfriamento deve ser aplicado imediatamente após o trauma, antes que o edema esteja formado.
Técnica de Tratamento:
O tratamento pelo uso do frio deve ser feito com bolsas geladas durante 20 minutos, no local da dor, 3 vezes ao dia.
O uso de calor é contra-indicado nos casos de traumatismo porque aumenta o edema. O uso do frio é contra-indicado nos casos de artrite porque aumenta a rigidez articular. Nestes casos é preferível usar calor.
Atenção: Tanto gelo quanto calor não curam a sua lesão, porém amenizam o quadro inflamatórioálgico e álgico(dor), o melhor a se fazer, é procurar um fisioterapeuta e tratar sua lesão por completo!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

CUIDADO COM A POSTURA DURANTE OS EXERCÍCIOS!



Um dos maiores problemas encontrados durante a execução dos exercícios , é a má postura e exercícios incorretos, acarretando problemas na coluna vertebral e outras lombalgias. Uma das formas que podemos utilizar para amenizar esses problemas , é a conscientização postural.
A coluna vertebral possui uma postura anatômica , a qual, geralmente não damos o devido valor, seja por exercícios com execução incorreta, seja pela má prescrição e negligência do profissional que ministra a aula. Quando há pressão excessiva sobre os discos vertebrais, a pessoa começa a sentir dores em várias regiões do corpo, tendo até que deixar de treinar.
Devemos lembrar que a manutenção de uma boa postura elimina qualquer eventual problema, tanto na coluna vertebral e postural , aumentando a eficácia do exercício, maximizando resultados. O que podemos fazer? Respeite seu corpo. Sua postura anatômica durante a execução dos exercícios é fundamental, principalmente em alguns exercícios; procure um profissional qualificado, que prescreva e oriente seus exercícios.

ATENÇÃO! Beber muito refrigerante pode causar problemas musculares.



PARIS - As pessoas que bebem muitos litros diários de refrigerantes à base de cola podem ter sérios problemas musculares e até cardíacos devido à queda do nível de potássio no sangue, revela um estudo publicado pelo International Journal of Clinical Practice.

A ingestão exagerada de coca-cola reduz o nível de potássio no sangue, o que provoca transtornos do ritmo cardíaco, que podem, inclusive, matar, destaca o doutor Moses Elisaf, da Universidade de Ioannina, na Grécia.

Antes de chegar a este extremo, a redução do potássio provoca debilidade muscular, palpitações e enjoos.

O estudo foi realizado com pessoas que bebiam entre dois e nove litros diários de refrigerante, incluindo mulheres grávidas internadas.

Uma mulher grávida, que bebia três litros de refrigerante por dia, apresentava cansaço, perda de apetite e vômitos, enquanto outra, que consumia até sete litros diários (antes da internação), sofria de debilidade muscular.

Após deixar de beber refrigerante e tomar potássio, as duas pacientes se recuperaram, destaca o estudo.

A redução do potássio é provocada por três componentes muito presentes em certos refrigerantes: glicose, frutose e cafeína.

A ingestão excessiva de água também pode provocar a redução do nível de potássio no sangue, assim como um volume excessivo de urina: de 8 a 10 litros diários.


Agência AFPFonte: JORNAL DO BRASIL - RJ

sexta-feira, 26 de junho de 2009

OSTEOPOROSE


A osteoporose é a perda da massa óssea com a conseqüente redução da resistência do tecido ósseo, resultando no aumento da incidência de fraturas,que podem inclusive resultar de acidentes e movimentos normais, como por exemplo, virar-se no leito.
Detectamos dois tipos de osteoporose:
Primária - Tipo I ou pós-menopausa; Tipo II ou senil.
Secundária - Relacionada a doenças endócrinas ou não (por ex. terapia com corticoides, insuficiência renal crônica.
A osteoporose Tipo I ou pós-menopausa ocorre entre as idades de 51 e 75 anos, afetando seis vezes mais mulheres do que os homens. A perda óssea é muito rápida. É responsável por fraturas no corpo das vértebras (por achatamento) e por fraturas nos antebraços.
As principais características de mulheres com maior risco de fraturas são: corpo magro, com pouca massa muscular; pele clara; história familiar de osteoporose; vida sedentária, pico pequeno de massa óssea até os 35 anos de idade; dieta pobre em cálcio; menopausa precoce (cirúrgica ou não); fumantes; consumo excessivo de álcool e café.
A osteoporose do Tipo II ou senil ocorre principalmente em pessoas com mais de 70 anos, afetando duas vezes mais mulheres do que os homens. É de instalação lenta, demorada, com perda óssea relacionada à idade, que pode ser agravada por uma dieta pobre em cálcio, não balanceada. Pode levar a fraturas do corpo vertebral e nos membros inferiores.
Podemos encontrar os dois tipos de osteporose na mesma paciente.
Atualmente o diagnóstico da osteoporose é definido com certeza através da densitometria óssea, exame realizado com facilidade e que apresenta baixo índice de radiação. Antigamente, a grande incidência de osteoporose era constatada apenas pelo número de fraturas nas pessoas idosas. Além da densitometria óssea, são necessários poucos exames de laboratório para identificar outras doenças que também podem causar perda de tecido ósseo.
A elevada incidência de fraturas pelo aumento da longevidade devido a melhoria da qualidade de vida, nos leva a considerar a importância da prevenção no manejo da osteoporose.
Devemos: evitar quedas, retirando tapetes soltos, eliminando degraus desnecessários, colocando apoios nos vasos sanitários e chuveiros; aumentar a ingesta de cálcio na dieta, independente da idade (o leite e derivados fermentados, como iogurte e coalhada, ainda são a melhor fonte de cálcio, além de vegetais verdes, soja e pão de centeio); na osteoporose senil é necessária a complementação de vitamina D; realizar caminhadas diárias e exercícios com resistência (musculação).
A reposição hormonal nas mulheres em pós-menopausa é muito importante, pois os estrógenos diminuem a reabsorção óssea; se não for possível a reposição hormonal pode-se usar a calcitonina; são utilizados ainda medicamentos como os bifosfonados e fluoretos.

O QUE É FASCITE PLANTAR



Fascite plantar é a inflamação na estrutura de sustentação da sola dos pés. O sintoma principal é dor ao redor da base do calcâneo e no arco, sendo normalmente pela manhã ao sair da cama.
Anatomia
A fáscia é uma faixa apertada de tecido conjuntivo fibroso denso que prende do calcâneo à base dos dedos do pé (viga para a manutenção do arco longitudinal medial). O tendão de Aquiles também se prende no calcâneo. Se o tendão está muito tenso, há uma redistribuição ao longo da fáscia. Se seu pé aplaina ou fica instável durante tempos críticos no andar ou ciclo corrente, o arco dobra puxando a fáscia plantar. Muita tensão pode rasgá-la. Isto resultará em dor e inchaço possivelmente. Quando isso acontece próximo ao osso este pode tentar se curar produzindo osso novo. Isto resulta no desenvolvimento de um esporão de calcâneo. Sem a espora a condição é chamada de fascite plantar. A fáscia retém músculos e tendões na planta do pé e dedos, reduz a compressão das artérias e nervos plantares e digitais e, talvez, auxilia o retorno venoso. Nos triângulos de sustentação existe o coxim adiposo responsável pela diminuição da pressão (amortecedor elástico). Parte da fáscia profunda, inferior às estruturas plantares, são a aponeurose plantar.
Tratamento
Alguns casos podem persistir o dia todo. Seu tratamento consiste em Palmilha ortopédica, eventuais modificações do treinamento, antiinflamatórios, exercícios de alongamento, ultra-som, crioterapia e repouso. Se isso falhar, após um período de 3 a 6 meses você deve considerar injeções de cortisona.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

IMC - Índice De Massa Corporal

Através do índice de massa corporal (IMC), pode-se estimar a adiposidade e consequentemente, se uma pessoa está acima do peso ideal (obesa). A vantagem do uso do IMC é que o seu cálculo é simples, rápido e não requer nenhum equipamento especial, porém, devido a sua simplicidade e por não ter em conta o porte da pessoa, entre outros, não pode ser considerado um meio livre de erros.
Existem algumas limitações deste índice:
- Os resultados são válidos apenas para adultos;
- Os atletas e pessoas com elevada massa muscular apresentam um IMC mais elevado pela massa muscular, que é mais pesada que a massa gorda. Desta forma duas pessoas podem ter o mesmo IMC, mas uma quantidade diferente de gordura corporal.

Exemplo:
Um fisiculturista com uma elevada massa muscular pode ter o mesmo IMC que uma pessoa que tem uma elevada quantidade de massa gorda. Isto acontece porque o IMC é calculado somente com o peso e a altura.
Estes homens têm o mesmo peso e a mesma altura mas apresentam uma percentagem de gordura corporal diferente.
Então devemos ter em conta que de acordo com as categorias de peso, qualquer pessoa que tenha um IMC acima de 25 deve ser classificada como tendo “excesso de peso”, o que pode não significar que tenha excesso de gordura corporal.
Apesar dessas desvantagens, o índice de massa corporal vem sendo usado pela Organização Mundial de Saúde como ferramenta para estatísticas sobre obesidade no mundo.
Para fazer o cálculo do IMC basta dividir seu peso em quilogramas pela altura ao quadrado (em metros). O número que será gerado deve ser comparado aos valores da tabela IMC para se saber se você está abaixo, em seu peso ideal ou acima do peso.


Excesso de peso: Risco Ligeiramente Aumentado:
Cancro
Síndroma do ovário poliquístico
Alteração dos hormônios da reprodução
Diminuição da fertilidade
Dor lombar
Malformações fetais associadas à obesidade materna
Obesidade : Risco Moderadamente Aumentado:
Doença Coronária
Hipertensão
Osteoartrose (joelho)
Gota
Super Obesidade : Risco Muito Aumentado:
Diabetes tipo 2
Colesterol Elevado
Doença Vesicular
Resistência à insulina
Apneia do Sono

RELÓGIO BIOLÓGICO - Existe efetivamente uma hora mais adequada para competir e outra para descansar?



A cronobiologia desportiva comprova que não é uma desculpa: o relógio biológico manda e o corpo obedece.
Algumas pessoas adoram realizar suas atividades esportivas às 6h da manhã, porque sentem que lhes dá energia para o resto do dia. Outros não consideram sequer a hipótese de suar antes do meio-dia, preferindo um treino ao final da tarde. Mas existe alguma altura do dia melhor para se praticar exercício físico? Depende.
Ritmos circadianos
O humano responde aos ciclos do sol, da lua e das estações através do seu relógio biológico, que comandam os ritmos circadianos. O nosso corpo possui mais de 100. Cada ciclo destes dura 24 horas e influencia uma função do nosso corpo:
temperatura,
motivação,
apetite,
balanço hídrico,
níveis hormonais,
ritmo cardíaco,
pressão arterial e até mesmo sensibilidade à dor.
O ritmo circadiano mantém o corpo alerta durante as horas de claridade e ajuda-o a relaxar à noite. É capaz de nos acordar pela manhã quando nos esquecemos de ligar o alarme.
Este relógio biológico localiza-se numa porção do cérebro chamada Hipotálamo, ligado a fotorreceptores que sincronizam o relógio interno com a luminosidade/escuridão, através da síntese de melatonina. É esta hormona que nos faz sonolentos. A produção de melatonina diminui durante o dia - mantendo-nos alertas - e aumenta à noite, o que permitem a sincronização harmoniosa ao ambiente exterior. Mas o relógio biológico também ser regulado pelo exercício físico.

Qual a melhor hora para treinar?
É o ritmo circadiano da temperatura corporal que parece ter maior influência na qualidade do treino. Quanto maior a temperatura corporal (dentro dos parâmetros da normalidade) maior a probabilidade de desenvolver um bom treino:
os músculos estão mais aquecidos,
as articulações mais flexíveis,
a sensação de esforço é menor,
a sensibilidade à dor menor,
o tempo de reação mais rápido,
a frequência cardíaca e a pressão arterial menores.
Quem acorda habitualmente às 8h da manhã, tem a sua temperatura corporal máxima diária por volta das 20h, correspondendo ao seu rendimento de pico. Assim se percebe porque o ciclo biológico humano na maioria das pessoas favorece as atividades físicas ao final tarde.
Desligar o despertador e voltar a dormir em vez de sair para fazer ginástica é talvez a opção mais acertada para quem tem dificuldade em treinar nas primeiras horas do dia. Forçar um hábito sem que o corpo possa responder de forma adequada pode ser não produtivo no aspecto físico, além de psicologicamente desgastante. De manhã, a percepção da maioria das pessoas em relação aos exercícios está alterada. Segundo alguns trabalhos, quanto mais cedo é realizada a atividade física maior é a sensação de esforço para realizá-la.
Então e as pessoas que são matutinas por natureza? O que acontece é que o seu organismo tem uma ativação endócrina e cardiovascular mais precoce no dia. Mas não se esqueça que, se preferir treinar de manhã, deve efetuar um aquecimento mais prolongado, já que a temperatura corporal é mais baixa. Apesar de se assistirem a modificações fisiológicas de madrugada, potenciadoras do risco cardiovascular, provocadas pelo aumento de secreção de cortisol (aumento da agregação plaquetária, da pressão arterial, da frequência cardíaca, do tônus simpático), a crença que treinar logo ao despertar pode despoletar episódios cardíacos é infundada, tanto quanto mostra a evidência científica.
Não é necessário um especialista de exercício lhe dizer qual a hora em que o seu organismo melhor se adapta ao exercício físico. Basta treinar umas semanas de manhã, depois umas semanas ao meio-dia e finalmente ao entardecer. A qual deles se adaptou melhor? Qual lhe deu maior prazer e sensação de conforto depois de terminar? Tenha também em consideração o seu estilo de vida de e sua disponibilidade de horário, para conseguir fazer do treino um hábito.

E quando não devo treinar?
Não deve efetuar esforços físicos exigentes após uma refeição pesada. Corre o risco de ter uma congestão, uma vez que o sangue que irá para os músculos em exercício ficará em falta no tubo digestivo.
Também se desaconselha o treino à noite, poucas horas antes se ir deitar. A hipótese termoregulatória defende que o início do sono é induzido pela redução da temperatura corporal. O exercício mesmo antes do sono, sendo termogénico, anula este processo. Pode até atrasar o crescimento das crianças, uma vez que a hormona de crescimento (GH) aumenta com o sono – os níveis máximos são atingidos nas primeiras duas horas de sono. Se a criança apresenta distúrbios do sono, a produção de GH cai, prejudicando seu desenvolvimento.
A inversão dos turnos de trabalho, ao afetar o ciclo sono-vigília, está associada a diversos problemas de saúde como doenças cardiovasculares, desconforto gastrointestinal ou problemas reprodutivos. Altera não apenas o ciclo circadiano das variáveis cardiovasculares no repouso e na recuperação do esforço, como também prejudica a capacidade funcional do indivíduo.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

O QUE É REALMENTE TER SAÚDE?


Você já se perguntou o que realmente é ter saúde? Saúde não é apenas a ausência de doença, mas o total bem-estar físico, mental e emocional, os orientais definem saúde como: união harmoniosa entre corpo e mente.
Na medicina oriental o ser humano encontra-se em perfeita saúde quando seu ‘KI’ (energia vital) flui com suavidade e com equilíbrio por todos os meridianos de seu corpo( de forma semelhante ao sangue pelas artérias e veias). Infelizmente alguns fatores ligados ao dia-a-dia das grandes cidades acabam por tornar as pessoas suscetíveis a problemas de desequilíbrios físicos e psicológicos. Estes fatores há longo prazo vão gerando alterações no “KI”. Ou seja, no fluxo de energia que passa por estes canais energéticos.
O Shiatsu técnica de tratamento corporal e mental originária no Japão, com a qual eu trabalho utiliza-se basicamente da pressão dos dedos e cotovelos em pontos específicos do corpo como forma de tratamento neste sentido. Busca-se dar forças à pessoa, libertá-la de tensões e ativar seu poder regenerador, desbloqueando os canais que porventura estiverem alterados energeticamente. Ao realizar a técnica buscamos combater os distúrbios funcionais do organismo que em algum momento poderão vir a trazer prejuízo físico e psíquico ao cliente.
Veja um exemplo prático de tratamento que pode ser realizado através do shiatsu:
Muitos clientes me procuram reclamando de dores lombares ou dorsais. As reclamações em geral são muitas dores na lateral e também na própria coluna. Explico que este tipo de problema geralmente num primeiro momento ocorre em decorrência da má-postura, falta de alongamento e também da forma com que elas absorvem as tensões diárias. Todos estes fatores juntos ou não, vão travando as vértebras lombares L3, L4, L5, estas por sua vez vão travando também a parte do nervo ciático, que passa pelas regiões do glúteo, perna, coxa; estendendo-se até o calcanhar. Isso gera um estrangulamento nos feixes nervosos. Em conseqüência disso à energia corporal fica bloqueada prejudicando o fluxo da energia vital pelo corpo.
Na prática o tratamento neste caso se dá através da palma da nossa mão, antebraço e o cotovelo. Sendo feito somente nos músculos laterais e intercostais da coluna, naqueles feixes nervosos da coluna onde eles estão pinçados. Assim vai-se soltando as vértebras e fazendo o deslocamento sutil das mesmas. Regulando o fluxo de energia corporal do indivíduo.
Este é apenas um exemplo dos benefícios que o shiatsu traz. Através desta técnica o individuo passa a ter uma nova consciência de si próprio. Integrando-se consigo mesmo e desenvolvendo uma grande sensação de equilíbrio, leveza, vitalidade e bem estar.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

QUAIS EXAMES FAZER PARA INICIAR A MODALIDADE DE CORRIDA?


Para começar no esporte, é imprescindível fazer testes e exames para garantir sua saúde e bem-estar durante a corrida.
A opção de começar a trotar sozinho, sem supervisão, não é uma boa alternativa. É preciso fazer testes e exames que liberem você para a prática da corrida, atividade de alta intensidade cardiorrespiratória.
O primeiro passo é agendar uma consulta com um médico especialista em medicina esportiva ou fisiologia do exercício, que irá analisar o seu histórico de atividades físicas, doenças de seus antecedentes familiares, lesões pré-existentes e objetivos no esporte.
Como o coração é um órgão muito solicitado e para medir a função cardiorrespiratória, os primeiros exames recomendados são o ergométrico ou o ergoespirométrico, também chamado de cardiopulmonar.
Enquanto o ergométrico avalia a condição e o risco cardiovascular, o outro analisa a capacidade aeróbia máxima e identifica os limiares ventilatórios, necessário para avaliar depois a evolução da potência aeróbica.
Paralelamente aos exames de esforço, o ecocardiograma e os exames laboratoriais de sangue também podem ser solicitados. A partir do resultado de todos esses testes, é possível definir intensidade, volume, tempo e a distância do treino.
Para completar, os exames biomecânicos, como o teste de pisada, é importante para definir o tênis apropriado.
Os exames podem ser classificados em três grupos: Cardiovascular, Metabólico e Biomecânico.
CARDIOVASCULAR
Ergométrico, Ergoespirométrico (cardiopulmonar), Eletrocardiograma simples (ECG), Ecocardiograma.
METABÓLICO (EXAMES DE SANGUE)
Hemograma, Glicemia, Sódio, potássio, cálcio e magnésio, Uréia e creatinina, T4livre e TSH.
BIOMECÂNICO
Teste de pisada, Cinemático, Dinamometria isocinética.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

FIBROMIALGIA




A Fibromialgia significa dores musculares crônicas não inflamatórias. As dores são difusas, espalhadas pelo corpo todo, como se fosse uma "dor turista".
É mais freqüente em mulheres entre os 30 e os 60 anos do que em homens, mas também pode ocorrer em crianças e em pessoas de mais idade.
A dor é o principal sintoma. Geralmente começa nos ombros e pescoço, espalhando-se pelo corpo todo depois de um tempo.
Outros sintomas freqüentes além da dor:
-Fadiga, cansaço.
-Distúrbios do sono (sono não reparador. A pessoa dorme mas acorda cansada)
-Cefaléia (dor de cabeça) tensional ou enxaqueca
-Forrmigamento nos braços e pernas.
-Sensibilidade ao frio.
-Tensão pré menstrual e irritabilidade
Piora no inverno.
Pessoas perfeccionistas são mais propensas a sofrerem de Fibromialgia.
Às vezes existem fatores desencadeantes, por exemplo: viroses, traumas físicos, problemas emocionais.
Os exames de laboratório são normais, o diagnóstico é feito pela história e pela presença dos pontos dolorosos ou "tender points".
A Fibromialgia pode estar associada ao Lupus Eritematoso Sistêmico, Osteoartrose, Artrite Reumatóide, hérnia de disco, Osteoporose e outras doenças.
A Fibromialgia parece estar relacionada a alterações nos mecanismos de modulação da dor, com diminuição da Serotonina (substância analgésica) e aumento substância P (uma substância que provoca dor). Por isso a Fibromialgia tem relação com a Depressão, Stress, Ansiedade e Distimia.
Tratamento
O tratamento da Fibromialgia com analgésicos a antiinflamatórios traz poucos resultados.
É importante tem melhorar os distúrbios do sono, o estado depressivo, os fatores de stress, ou seja, o mais importante é melhorar a qualidade de vida.
Quase todos os pacientes são tratados com Antidepressivos, mas nem todos os Antidepressivos são eficazes em Fibromialgia.
Se houverem fatores de vida que desencadeiam a doença e a pessoa não conseguir mudar esse fatores sozinha, é importante uma psicoterapia.
Massagem de relaxamento (nunca de compressão dos pontos dolorosos), banhos de banheira morna e condicionamento físico são importantes.

domingo, 19 de abril de 2009

SOBRECARGA ÓSSEA NO ESPORTE

O TÊNIS COMO EXEMPLO

Uma das lesões mais recorrentes nos tenistas, a sobrecarga óssea, causada por grandes esforços repetitivos em determinada parte do corpo devido aos longos períodos de treinamento e quantidade de horas em quadra que o tênis proporciona. Não perca e se previna de mais essa contusão!
Diferentemente de outros esportes, o jogo de tênis tem horário para começar, mas nunca se sabe quando vai terminar. Pode durar minutos a horas. Durante todo este período são realizados movimentos repetitivos em alta intensidade. Somando-se as exaustivas horas de treinamento, não resta dúvida da grande possibilidade de ocorrência de lesões por esforços repetitivos e sobrecarga mecânica. O termo lesões por sobrecarga pode ter sinônimos na literatura científica tais como lesões por estresse e overuse(trauma gerado pelo movimento repetitivo).
As estatísticas comprovam cientificamente que este é o principal mecanismo de lesão na prática do tênis.
As lesões ósseas por sobrecarga têm como principais locais acometidos as pernas (tíbias, popularmente chamada de canelite), ossos do antebraço e punho e coluna vertebral. A dor é o sintoma típico. Ela pode ser sentida mesmo fora das quadras e muitas vezes confunde-se com dores musculares. O diagnóstico é clínico (pelo exame físico) e com exames complementares (cintilografia óssea e ressonância magnética).

O PROCESSO INFLAMATÓRIO (ITES)



A inflamação é um fenômeno biológico que consiste em uma reação fisiológica frente a uma agressão. A inflamação é também um fenômeno imunológico, sendo que as células envolvidas neste processo poderão ser diferentes, dependendo do local da lesão. A inflamação normalmente cessa uma vez retirado o estímulo nocivo que deu início ao processo, sendo que, a reparação do tecido agredido ocorrerá em maior ou menor magnitude, dependendo do dano causado pelo fator agressor.
O sufixo utilizado para designar um processo inflamatório é o sufixo "ITE". Desta feita, os processos inflamatórios são descritos de acordo com a estrutura agredida:
- caso dos tendões, são descritos como tendinites;
- caso da cápsula articular, como capsulite;
- caso das bolsas sinoviais, como sinovites;
- caso da articulação, como artrite;
- caso da membrana óssea que recobre os ossos (periósteo), como periostite, sendo que a localização anatômica da estrutura envolvida complementa a denominação.
Assim sendo temos como exemplo:
- Tendinite de cotovelo
- Bursite de ombro
- Tendinite do supra espinhoso
- Capsulite de ombro
- Tendinite de Aquiles
- Periostite de Tíbia etc.
Via de regra, os fenômenos inflamatórios cursam com DOR, "definida como uma experiência sensorial e emocional desagradável, que é decorrente de uma lesão tecidual", sendo esta, de uma maneira geral, o maior motivo das consultas médicas.
Para que ocorra um processo inflamatório entre as estruturas envolvidas no movimento, é necessária a existência de um estímulo nocivo de ordem traumática (macro trauma), ou micro traumas de repetição, ou processo infeccioso, ou alterações metabólicas, ou ainda uma doença sistêmica.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

CERVICALGIA



Podemos definir a Cervicalgia como um quadro doloroso, normalmente resultado de uma contractura muscular no pescoço, geralmente assimétrica. Os musculos do pescoço estão sujeitos a uma tensão constante para manter a posição correta da nossa cabeça, o que poderá vir a provocar dor muscular, devido a um aumento gradual de tensão nos musculos e provocar também algum tipo de ruptura muscular, através de movimentos rápidos e bruscos.
Os sintomas mais comuns neste caso são:
-atitude de defesa e rigidez dos movimentos,
-alteração da mobilidade do pescoço e a dor durante a palpação muscular do pescoço podendo também abranger a região do ombro e nos casos mais graves ou prolongados irradiando para todo o membro superior.
Em relação à dor, o paciente pode queixar-se desde uma dor leve local e uma sensação de cansaço, até uma dor mais forte e limitante. O braço, além de doer, pode apresentar alterações de sensibilidade e força muscular, são as chamadas “alterações neurológicas”.
O paciente refere adormecimento de alguma área ou de todo o membro, podendo ser contínua ou desencadeada por algum fator. A fraqueza muscular acontece em casos mais graves ou prolongados sendo geralmente progressiva. Podem existir também alterações nos reflexos encontrados em algumas inserções musculares no punho, cotovelo e ombro nos casos mais graves.
Outros sintomas que podem ser vistos, porém são menos comuns são:
dificuldade na escrita ou na marcha,
alterações na fala,
dor de cabeça,
zumbidos,
náuseas,
visão turva,
febre,
sudorese noturna,
cansaço,
perda de peso.
Em casos mais graves a dor cervical pode fazer parte de graves infecções ou tumores. A cervicalgia é um dos sintomas da meningite, infecção rara e grave do sistema nervoso.
REABILITAÇÃO
Objetivos:
-Diminuir a dor e inflamaçãoIdentificar as possiveis causas da Cervicalgia
-Restaurar a mobilidade e flexibilidade
-Fortalecimento muscular
-Diminuir Dor e Inflamação
-Se não suspeitar de ruptura muscular durante as primeiras 48 horas, então aplique quente na forma de banho ou saco de agua.
-Aplique quente durante 15 a 20 minutos, cada hora.
-Anti-Inflamatórios (Não esteroides), poderão ser benéficos na fase inicial da lesão.
(Atenção: Consultar sempre um médico antes de tomar qualquer medicamento).
-Descanso é importante. Evitar fazer movimentos que provoquem dor.
-Manter sempre uma postura correcta, principalmente se trabalhar sentado.
-Ligadura funcional poderá ajudar a descomprimir a tensão muscular na zona.
-Técnicas de massagem é muito importante, ajudarão a relaxar e a diminuir a dor na zona.

Restaurar Mobilidade e Flexibilidade
-Os musculos do pescoço poderão voltar á sua condição inicial, ou até melhorar, através de exercicios de mobilidade, alongamento e massagem.
-Os exercicios de mobilidade deverão começar a ser executados assim que a dor o permitir, se sentir dor ao executar, não o faça.
-Deverá efetuar exercicios de mobilidade 3 vezes ao dia durante as 2 primeiras semanas da lesão, para uma melhor recuperação.
-Os exercicios de alongamento deverão igualmente ser feitos assim que a dor o permitir e devem ser executados após os exercicios de mobilidade.A massagem é um excelente metodo para ajudar no relaxamento dos musculos tensos, e poderá ser feita após a fase aguda da lesão (48h a 72h).
Fortalecimento Muscular
Assim que se tenha recuperado a mobilidade do pescoço, deverão ser executados exercicos de reforço muscular, para um melhor suporte do pescoço e evitar futuras lesões.

PUBALGIA



A pubalgia, também conhecida por "doença dos futebolistas" ou "doença dos adutores", não é nova nem recente. O termo pubalgia pode ser equivoco e ambiguo, uma vez que a dor que ela desgina pode corresponder a outras lesões ao nível da púbis e ter outras causas.
Porque é tão referida a pubalgia?
A maior insistência com que é refererida e desde qhá algum tempo tempo, tem a ver com o facto de há vários anos os atletas serem cada vez mais afectados po este tipo de patologia.

O que é realmente a pubalgia?
A pubalgia é tão-só, a dor sentida pelo atleta ao nível da púbis (parte inferior dos osso da bacia - ossos ilíacos, por sua vez, se unem entre si para formar a sínfise púbica. A sínfise púbica como articulação está sujeita a forças com diferentes direções.
Desloca-se e afeta, de cima para baixo, os musculos adutores e, de baixo para cima, os musculos abdominais.Este constante movimento, resultante do exercício repetido, vai permitir um "conflito" músculo-tendinoso, originando a dor que irradia para a região inguinal, ou para a coxa, simulando outras patologias, para as quais importa fazer o respectivo diagnóstico diferencial.



"Trilogia Infeliz"

Alguns atletas revelam maior tendencia para aumentar este "conflito".Principalmente quando são portadores da chamada "trilogia infeliz", que se caracteriza por: -Adutores fortes
-Abdominais fracos
-Hiperlordose lombar

Por outro lado, membros inferiores volumosos, com um tronco relativamente pouco desenvolvido, para além da retracção dos músculos isquiotibiais, como força adicional de desequilíbrio sobre a bacia, contribuem de forma decisiva para o aparecimento da pubalgia.

Que situações se conhecem como agravantes do pubalgia?
-Treino sem preparação física ajustável ao esforço
-Recuperação insuficiente perante as primeiras manifestações da lesão
-Terrenos secos e duros
-Alternância com solos escorregadios e lamacentos
-Calçado impróprio, permitindo falsos apoios e sustentação

Que outra forma restrita de pubalgia se conhece?
Quando um jogador de futebol bate uma bola, faz um salto, ou roda bruscamente sobre a bacia e sente dor ao nível da púbis, que o impede de continuar ou que se mantém, mesmo em repouso, isto é, já em sentido restrito, a pubalgia.Os praticantes de tênis ou de handebol podem igualmente sofrer de pubalgia, mas como resultado dos movimentos sucessivos de torção e de extensão sobre a bacia, consequentes às elevações e aos estiramentos repetidos inerentes a estas modalidades.

Pubalgia- Uma fatalidade?
O sistema muscular tem de ser capaz de suportar o desgaste violento e multiforme a que é submetido e eliminar todas as condições que lhes são adversas, visto que a pubalgia não é, em si mesma, uma fatalidade.

Quando intervir cirurgicamente?
A cirurgia poderá resolver os casos mais críticos e as situações crônicas de longa evolução.

O trabalho das "cadeias musculares posteriores"
Apenas com condições físicas apropriadas e trabalho preventivo sobre as denominadas "cadeias musculares posteriores", para diminuir uma retração muscular, principalmente dos isquiotibiais, tão particularmente afetados em certas modalidades, se conseguirá evitar a grande inquietação desportiva dos últimos anos.Os musculos isquiotibiais são particularmente afetados em determinadas modalidades, nomeadamente o futebol.

A inquietação do regresso à competição
O regresso rápido à competição desejado e criado pela própria dinâmica do profissionalismo, sem que as causas se alterem, permitirá que a pubalgia volte com todo o cortejo de infortúnio, para tormenta de todos e sem excessão.

ENTORSES DE TORNOZELO

Uma entorse do tornozelo é uma rotura dos ligamentos (o tecido elástico resistente que liga os ossos entre si) no tornozelo.
Qualquer dos ligamentos do tornozelo se pode lesar. As entorses costumam ocorrer quando o tornozelo roda para fora, fazendo com que a planta do pé fique virada para o outro pé (se inverta). Os ligamentos frouxos no tornozelo, os músculos fracos, as lesões dos nervos da perna, certos tipos de calçado (como os sapatos de salto alto e estreito) e certas maneiras de caminhar, tendem a provocar a rotação do pé para fora, aumentando o risco de uma entorse.

Sintomas
A gravidade da entorse depende do grau de estiramento ou de rotura dos ligamentos. Numa entorse ligeira (grau 1), os ligamentos podem estirar-se, mas de facto não se dilaceram. O tornozelo não costuma doer ou inchar em demasia; contudo, uma torção ligeira aumenta o risco de uma lesão recorrente. Numa entorse moderada (grau 2), os ligamentos rompem-se parcialmente. A inflamação e os hematomas são frequentes. Em geral, é dolorosa e torna-se difícil andar. Na entorse grave (grau 3), os ligamentos dilaceram-se completamente, causando inchaço e por vezes hemorragia sob a pele. Por conseguinte, o tornozelo torna-se instável e incapaz de suportar o peso.

NA FOTO EXEMPLO DE ENTORSE-GRAU 3

PRINCIPAIS LESÕES EM NÍVEL MUSCULAR




RUPTURA MUSCULAR

É uma lesão de qualquer massa muscular, como consequência, em geral, de falta de sinergismo entre a atividade dos músculos agonistas e antagonistas, de uma contração violenta do músculo sobrepondo-se à sua capacidade contrátil, ou, menos frequente, devida a uma contusão seguida de uma contração violenta de defesa.
A ruptura pode ser mais ou menos grave conforme a extensão de feixes afetados.
Considera-se que os fatores a seguir mencionados predispõem para este tipo de lesões:
-Biótipo do desportista (os brevílineos musculares e tónicos são os mais afetados).
-Inatividade prolongada.
-Execução de exercícios intensos sem prévio e adequado aquecimento.
-Fadiga muscular.
-Sinais: No momento em que se produz a ruptura, o lesionado sente uma dor intensa que abranda com o repouso e volta a aparecer quando se contrai novamente o músculo lesionado. Pouco tempo depois aparece um inchaço devido ao hematoma produzido, acompanhado de derrame sanguíneo (equimose). Tudo isso acarreta uma impotência, em maior ou menor grau, do músculo afetado.
- Comportamento a seguir (Prevenção): Ter em atenção aos atletas com dores musculares localizadas. Começar, sempre, qualquer sessão ou competição com um aquecimento (geral e específico) adequado. Ter em atenção o aparecimento da fadiga muscular (diminuir a intensidade ou terminar os exercícios).
- O que não se deve fazer: Aplicar calor ou massajear, sem que tenham passado 24-48 horas, pelo perigo de aumentar o derrame sanguíneo. Proibir a anestesia local e temporária com a finalidade do atleta continuar o exercício físico, pois poderá aumentar a ruptura.
- O que se deve fazer: Repousar o músculo afretado. Aplicar compressas. Aplicar frio (bolsa de gelo) sobre o penso compressivo. Tomar anti-inflamatórios.

ESPASMO MUSCULAR
O espasmo muscular é uma resposta motora involuntária que pode estimular os receptores de dor constantemente e causar isquemia local; portanto, o espasmo tem sido associado a uma possível causa da dor muscular tardia; O ESPASMO MUSCULAR nada mais é que a contração exagerada e permanente de um músculo. O músculo contraído fica mais encurtado, mais "TRAVADO".
OUTRAS LESÕES NO ESPORTE
Contratura muscular, distensão muscular, cãibra:
muitas vezes nos confundimos com alguns termos utilizados no meio esportivo, relacionados a lesões. Vamos apresentar alguns conceitos básicos e dicas para reconhecê-las e socorrer vítimas.
CÃIBRA
É uma contração muscular involuntária e dolorosa, que ocorre mais freqüentemente nos membros. O ataque dura, em geral, alguns segundos e desaparece subitamente. Observa-se o endurecimento no grupo muscular afetado.
O que fazer?
Alongue vigorosamente o músculo que está com contratura. Nas cãibras fortes que deixam os músculos doloridos por um ou mais dias , procure orientação de um médico. Se os episódios se repetem com freqüência, mesmo sem atividade física, a origem pode ser metabólica, vascular ou neurológica e merece tratamento especializado.
CONTRATURA MUSUCLAR
É uma dor localizada num músculo longo, sem sinais de ruptura. Surge num músculo que não foi alongado antes do exercício ou por esforço muito grande, mas não o suficiente para romper as fibras. Não impede as atividades rotineiras, mas dificulta algumas atividades esportivas. Muitas vezes, ao tocar a região, é possível identificar um certo endurecimento muscular bem delimitado.
O que fazer?
Aplicações locais de gelo por 30 minutos, diminuir a atividade física do músculo atingido, fazer alongamentos não intensos e consultar seu médico.
DISTENSÃO MUSCULAR
É uma ruptura parcial do músculo. É caracterizada pelo "sinal da pedrada" em grande esforço ou velocidade, o paciente tem a sensação nítida de que recebeu uma pedrada. A dor e a incapacidade de usar o músculo são imediatas. Pode haver sangramento (hematoma). Comum nos músculos da batata da perna (gêmeos), da coxa (quadríceps, bíceps femural e adutores da coxa), e do braço (bíceps e tríceps).
O que fazer?
Aplicar gelo por 30 minutos, elevar o membro lesado, suspender a atividade física e procurar seu médico.