sexta-feira, 26 de junho de 2009

OSTEOPOROSE


A osteoporose é a perda da massa óssea com a conseqüente redução da resistência do tecido ósseo, resultando no aumento da incidência de fraturas,que podem inclusive resultar de acidentes e movimentos normais, como por exemplo, virar-se no leito.
Detectamos dois tipos de osteoporose:
Primária - Tipo I ou pós-menopausa; Tipo II ou senil.
Secundária - Relacionada a doenças endócrinas ou não (por ex. terapia com corticoides, insuficiência renal crônica.
A osteoporose Tipo I ou pós-menopausa ocorre entre as idades de 51 e 75 anos, afetando seis vezes mais mulheres do que os homens. A perda óssea é muito rápida. É responsável por fraturas no corpo das vértebras (por achatamento) e por fraturas nos antebraços.
As principais características de mulheres com maior risco de fraturas são: corpo magro, com pouca massa muscular; pele clara; história familiar de osteoporose; vida sedentária, pico pequeno de massa óssea até os 35 anos de idade; dieta pobre em cálcio; menopausa precoce (cirúrgica ou não); fumantes; consumo excessivo de álcool e café.
A osteoporose do Tipo II ou senil ocorre principalmente em pessoas com mais de 70 anos, afetando duas vezes mais mulheres do que os homens. É de instalação lenta, demorada, com perda óssea relacionada à idade, que pode ser agravada por uma dieta pobre em cálcio, não balanceada. Pode levar a fraturas do corpo vertebral e nos membros inferiores.
Podemos encontrar os dois tipos de osteporose na mesma paciente.
Atualmente o diagnóstico da osteoporose é definido com certeza através da densitometria óssea, exame realizado com facilidade e que apresenta baixo índice de radiação. Antigamente, a grande incidência de osteoporose era constatada apenas pelo número de fraturas nas pessoas idosas. Além da densitometria óssea, são necessários poucos exames de laboratório para identificar outras doenças que também podem causar perda de tecido ósseo.
A elevada incidência de fraturas pelo aumento da longevidade devido a melhoria da qualidade de vida, nos leva a considerar a importância da prevenção no manejo da osteoporose.
Devemos: evitar quedas, retirando tapetes soltos, eliminando degraus desnecessários, colocando apoios nos vasos sanitários e chuveiros; aumentar a ingesta de cálcio na dieta, independente da idade (o leite e derivados fermentados, como iogurte e coalhada, ainda são a melhor fonte de cálcio, além de vegetais verdes, soja e pão de centeio); na osteoporose senil é necessária a complementação de vitamina D; realizar caminhadas diárias e exercícios com resistência (musculação).
A reposição hormonal nas mulheres em pós-menopausa é muito importante, pois os estrógenos diminuem a reabsorção óssea; se não for possível a reposição hormonal pode-se usar a calcitonina; são utilizados ainda medicamentos como os bifosfonados e fluoretos.

O QUE É FASCITE PLANTAR



Fascite plantar é a inflamação na estrutura de sustentação da sola dos pés. O sintoma principal é dor ao redor da base do calcâneo e no arco, sendo normalmente pela manhã ao sair da cama.
Anatomia
A fáscia é uma faixa apertada de tecido conjuntivo fibroso denso que prende do calcâneo à base dos dedos do pé (viga para a manutenção do arco longitudinal medial). O tendão de Aquiles também se prende no calcâneo. Se o tendão está muito tenso, há uma redistribuição ao longo da fáscia. Se seu pé aplaina ou fica instável durante tempos críticos no andar ou ciclo corrente, o arco dobra puxando a fáscia plantar. Muita tensão pode rasgá-la. Isto resultará em dor e inchaço possivelmente. Quando isso acontece próximo ao osso este pode tentar se curar produzindo osso novo. Isto resulta no desenvolvimento de um esporão de calcâneo. Sem a espora a condição é chamada de fascite plantar. A fáscia retém músculos e tendões na planta do pé e dedos, reduz a compressão das artérias e nervos plantares e digitais e, talvez, auxilia o retorno venoso. Nos triângulos de sustentação existe o coxim adiposo responsável pela diminuição da pressão (amortecedor elástico). Parte da fáscia profunda, inferior às estruturas plantares, são a aponeurose plantar.
Tratamento
Alguns casos podem persistir o dia todo. Seu tratamento consiste em Palmilha ortopédica, eventuais modificações do treinamento, antiinflamatórios, exercícios de alongamento, ultra-som, crioterapia e repouso. Se isso falhar, após um período de 3 a 6 meses você deve considerar injeções de cortisona.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

IMC - Índice De Massa Corporal

Através do índice de massa corporal (IMC), pode-se estimar a adiposidade e consequentemente, se uma pessoa está acima do peso ideal (obesa). A vantagem do uso do IMC é que o seu cálculo é simples, rápido e não requer nenhum equipamento especial, porém, devido a sua simplicidade e por não ter em conta o porte da pessoa, entre outros, não pode ser considerado um meio livre de erros.
Existem algumas limitações deste índice:
- Os resultados são válidos apenas para adultos;
- Os atletas e pessoas com elevada massa muscular apresentam um IMC mais elevado pela massa muscular, que é mais pesada que a massa gorda. Desta forma duas pessoas podem ter o mesmo IMC, mas uma quantidade diferente de gordura corporal.

Exemplo:
Um fisiculturista com uma elevada massa muscular pode ter o mesmo IMC que uma pessoa que tem uma elevada quantidade de massa gorda. Isto acontece porque o IMC é calculado somente com o peso e a altura.
Estes homens têm o mesmo peso e a mesma altura mas apresentam uma percentagem de gordura corporal diferente.
Então devemos ter em conta que de acordo com as categorias de peso, qualquer pessoa que tenha um IMC acima de 25 deve ser classificada como tendo “excesso de peso”, o que pode não significar que tenha excesso de gordura corporal.
Apesar dessas desvantagens, o índice de massa corporal vem sendo usado pela Organização Mundial de Saúde como ferramenta para estatísticas sobre obesidade no mundo.
Para fazer o cálculo do IMC basta dividir seu peso em quilogramas pela altura ao quadrado (em metros). O número que será gerado deve ser comparado aos valores da tabela IMC para se saber se você está abaixo, em seu peso ideal ou acima do peso.


Excesso de peso: Risco Ligeiramente Aumentado:
Cancro
Síndroma do ovário poliquístico
Alteração dos hormônios da reprodução
Diminuição da fertilidade
Dor lombar
Malformações fetais associadas à obesidade materna
Obesidade : Risco Moderadamente Aumentado:
Doença Coronária
Hipertensão
Osteoartrose (joelho)
Gota
Super Obesidade : Risco Muito Aumentado:
Diabetes tipo 2
Colesterol Elevado
Doença Vesicular
Resistência à insulina
Apneia do Sono

RELÓGIO BIOLÓGICO - Existe efetivamente uma hora mais adequada para competir e outra para descansar?



A cronobiologia desportiva comprova que não é uma desculpa: o relógio biológico manda e o corpo obedece.
Algumas pessoas adoram realizar suas atividades esportivas às 6h da manhã, porque sentem que lhes dá energia para o resto do dia. Outros não consideram sequer a hipótese de suar antes do meio-dia, preferindo um treino ao final da tarde. Mas existe alguma altura do dia melhor para se praticar exercício físico? Depende.
Ritmos circadianos
O humano responde aos ciclos do sol, da lua e das estações através do seu relógio biológico, que comandam os ritmos circadianos. O nosso corpo possui mais de 100. Cada ciclo destes dura 24 horas e influencia uma função do nosso corpo:
temperatura,
motivação,
apetite,
balanço hídrico,
níveis hormonais,
ritmo cardíaco,
pressão arterial e até mesmo sensibilidade à dor.
O ritmo circadiano mantém o corpo alerta durante as horas de claridade e ajuda-o a relaxar à noite. É capaz de nos acordar pela manhã quando nos esquecemos de ligar o alarme.
Este relógio biológico localiza-se numa porção do cérebro chamada Hipotálamo, ligado a fotorreceptores que sincronizam o relógio interno com a luminosidade/escuridão, através da síntese de melatonina. É esta hormona que nos faz sonolentos. A produção de melatonina diminui durante o dia - mantendo-nos alertas - e aumenta à noite, o que permitem a sincronização harmoniosa ao ambiente exterior. Mas o relógio biológico também ser regulado pelo exercício físico.

Qual a melhor hora para treinar?
É o ritmo circadiano da temperatura corporal que parece ter maior influência na qualidade do treino. Quanto maior a temperatura corporal (dentro dos parâmetros da normalidade) maior a probabilidade de desenvolver um bom treino:
os músculos estão mais aquecidos,
as articulações mais flexíveis,
a sensação de esforço é menor,
a sensibilidade à dor menor,
o tempo de reação mais rápido,
a frequência cardíaca e a pressão arterial menores.
Quem acorda habitualmente às 8h da manhã, tem a sua temperatura corporal máxima diária por volta das 20h, correspondendo ao seu rendimento de pico. Assim se percebe porque o ciclo biológico humano na maioria das pessoas favorece as atividades físicas ao final tarde.
Desligar o despertador e voltar a dormir em vez de sair para fazer ginástica é talvez a opção mais acertada para quem tem dificuldade em treinar nas primeiras horas do dia. Forçar um hábito sem que o corpo possa responder de forma adequada pode ser não produtivo no aspecto físico, além de psicologicamente desgastante. De manhã, a percepção da maioria das pessoas em relação aos exercícios está alterada. Segundo alguns trabalhos, quanto mais cedo é realizada a atividade física maior é a sensação de esforço para realizá-la.
Então e as pessoas que são matutinas por natureza? O que acontece é que o seu organismo tem uma ativação endócrina e cardiovascular mais precoce no dia. Mas não se esqueça que, se preferir treinar de manhã, deve efetuar um aquecimento mais prolongado, já que a temperatura corporal é mais baixa. Apesar de se assistirem a modificações fisiológicas de madrugada, potenciadoras do risco cardiovascular, provocadas pelo aumento de secreção de cortisol (aumento da agregação plaquetária, da pressão arterial, da frequência cardíaca, do tônus simpático), a crença que treinar logo ao despertar pode despoletar episódios cardíacos é infundada, tanto quanto mostra a evidência científica.
Não é necessário um especialista de exercício lhe dizer qual a hora em que o seu organismo melhor se adapta ao exercício físico. Basta treinar umas semanas de manhã, depois umas semanas ao meio-dia e finalmente ao entardecer. A qual deles se adaptou melhor? Qual lhe deu maior prazer e sensação de conforto depois de terminar? Tenha também em consideração o seu estilo de vida de e sua disponibilidade de horário, para conseguir fazer do treino um hábito.

E quando não devo treinar?
Não deve efetuar esforços físicos exigentes após uma refeição pesada. Corre o risco de ter uma congestão, uma vez que o sangue que irá para os músculos em exercício ficará em falta no tubo digestivo.
Também se desaconselha o treino à noite, poucas horas antes se ir deitar. A hipótese termoregulatória defende que o início do sono é induzido pela redução da temperatura corporal. O exercício mesmo antes do sono, sendo termogénico, anula este processo. Pode até atrasar o crescimento das crianças, uma vez que a hormona de crescimento (GH) aumenta com o sono – os níveis máximos são atingidos nas primeiras duas horas de sono. Se a criança apresenta distúrbios do sono, a produção de GH cai, prejudicando seu desenvolvimento.
A inversão dos turnos de trabalho, ao afetar o ciclo sono-vigília, está associada a diversos problemas de saúde como doenças cardiovasculares, desconforto gastrointestinal ou problemas reprodutivos. Altera não apenas o ciclo circadiano das variáveis cardiovasculares no repouso e na recuperação do esforço, como também prejudica a capacidade funcional do indivíduo.